Sim, a profissional PJ tem direito a licença maternidade, mas o benefício funciona de forma diferente do modelo CLT. Em vez da "licença" garantida pela empresa, a trabalhadora Pessoa Jurídica (PJ, MEI ou sócia) acessa o salário-maternidade, um auxílio pago diretamente pelo INSS.
A principal condição para receber é estar em dia com as contribuições previdenciárias. Este guia prático explica todos os detalhes, desde como contribuir até o passo a passo para solicitar o seu benefício sem erros.
Acesso Rápido
- O que muda da CLT para a PJ na prática
- Como garantir o seu salário-maternidade como PJ
- Como solicitar seu salário-maternidade passo a passo
- O risco da 'pejotização' e a busca por direitos
- Perguntas frequentes sobre licença maternidade para PJ
- Como o valor do meu salário-maternidade será calculado?
- Posso continuar trabalhando como PJ e receber o salário-maternidade?
- O que acontece se meu bebê nascer prematuro?
- A profissional PJ tem direito à estabilidade no contrato?
- E se eu tiver mais de um contrato como PJ?
- Existe licença-maternidade para mães de crianças com deficiência?
- Conclusão
O que muda da CLT para a PJ na prática
A grande confusão sobre se PJ tem direito a licença maternidade vem da mistura entre os dois modelos de trabalho. Para quem tem carteira assinada (CLT), a licença é um direito trabalhista, uma obrigação da empresa. Já para a profissional PJ, a proteção é um direito previdenciário, que você mesma constrói com suas contribuições ao INSS.
Na prática, isso significa que a sua segurança financeira durante o afastamento não está amarrada ao seu contrato de prestação de serviços, mas sim ao seu planejamento e à sua regularidade com a Previdência Social. A responsabilidade é toda sua.
A principal diferença é a fonte do direito
Para deixar tudo mais claro, pense da seguinte forma:
- Na CLT: Seu direito à licença e ao salário está ligado ao seu vínculo de emprego. A empresa paga seu salário (e depois é ressarcida pelo INSS), além de garantir seu emprego por um período após o retorno.
- Como PJ: O seu direito ao salário-maternidade está conectado à sua contribuição como contribuinte individual ou MEI. É uma relação direta com o governo, que não envolve a empresa para a qual você presta serviços.
Entender essa distinção é o ponto de partida para se preparar para esse momento tão importante. Como PJ, você tem mais autonomia, mas também precisa assumir as rédeas, gerenciando suas próprias contribuições para garantir que os requisitos do INSS sejam cumpridos.
Ponto-chave: A profissional PJ não tem "licença-maternidade" nos moldes da CLT, com estabilidade garantida pela empresa contratante. Ela tem direito ao "salário-maternidade", um auxílio financeiro pago pelo INSS, que cumpre a mesma função de dar amparo durante o afastamento.
Para visualizar melhor como isso funciona na vida real, preparamos uma tabela comparativa bem direta.
Comparativo rápido: Licença-maternidade (CLT) vs. Salário-maternidade (PJ)
Entenda as principais diferenças no acesso ao benefício para profissionais com carteira assinada e para quem atua como Pessoa Jurídica.
| Critério | Profissional CLT | Profissional PJ (Contribuinte Individual/MEI) |
|---|---|---|
| Tipo de Benefício | Licença-maternidade (direito trabalhista) | Salário-maternidade (direito previdenciário) |
| Responsável pelo Pagamento | A empresa paga o salário e depois é reembolsada pelo INSS. | O INSS paga o benefício diretamente à profissional. |
| Requisito Principal | Ter um vínculo de emprego ativo. | Cumprir a carência de 10 meses de contribuição ao INSS. |
| Estabilidade no Emprego | Garantida desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. | Não há estabilidade garantida pelo contrato de prestação de serviços. |
Como você pode ver, a principal mudança é que, como PJ, a proteção depende da sua disciplina de contribuição. Não há a "rede de segurança" do empregador, então o planejamento se torna ainda mais crucial.
Como garantir o seu salário-maternidade como PJ
Para uma profissional PJ conseguir o salário-maternidade, não basta só ter um CNPJ ativo. É preciso cumprir as regras do INSS, que funciona como um grande seguro social. A regra de ouro aqui é o período de carência, ou seja, um número mínimo de contribuições que você precisa ter feito antes de pedir o benefício.
Essa exigência garante que quem contribui regularmente tenha seus direitos. Para a profissional que é contribuinte individual – e aqui entram a PJ, a MEI e a sócia que recebe pró-labore –, a regra é bem clara: são necessários pelo menos 10 meses de contribuição antes do parto ou da adoção para ter direito ao auxílio.
A carência de 10 meses na prática
Pense na carência como a assinatura de um plano de saúde. Você paga as mensalidades por um tempo antes de poder fazer uma cirurgia, certo? Com o INSS, a lógica é a mesma. O detalhe importante é que essas 10 contribuições não precisam ser seguidas, sem interrupção, mas todas têm que estar pagas antes de o bebê nascer.
Isso quer dizer que planejamento é tudo. Se você está pensando em engravidar, o primeiro passo é dar uma olhada em como andam suas contribuições. Se estiver algo pendente, é hora de começar a pagar ou regularizar a situação o quanto antes para não ter surpresas na hora H.
Este infográfico ajuda a visualizar bem a diferença entre os direitos de uma profissional PJ e de uma celetista, mostrando como a contribuição ao INSS é o ponto central para quem é autônoma.

A imagem deixa claro: para a PJ, o caminho até o benefício passa direto pela contribuição previdenciária, e não tem a ver com o contrato assinado com a empresa para quem ela presta serviço.
Como funciona a contribuição para cada tipo de PJ
O jeito de contribuir para o INSS muda um pouco dependendo da estrutura da sua empresa. É fundamental saber em qual caso você se encaixa para ter certeza de que está tudo sendo pago direitinho.
- Para a MEI (Microempreendedora Individual): A vida é mais fácil aqui. A contribuição já vem embutida no DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), aquele boleto que você paga todo mês. Mantendo o DAS em dia, você já está contribuindo para o INSS e contando tempo para a carência. Simples assim.
- Para a sócia-administradora (com pró-labore): Nesse caso, a contribuição do INSS é descontada direto do seu pró-labore, que é como se fosse o "salário" oficial da sócia pela gestão do negócio. A alíquota é de 11% sobre o valor que você declarou como pró-labore.
- Para a profissional autônoma (sem empresa): Se você presta serviços como pessoa física mesmo, sem CNPJ, pode contribuir por conta própria usando a Guia da Previdência Social (GPS). Você mesma escolhe a alíquota que melhor se encaixa no seu bolso e no seu planejamento.
A regularidade é sua maior aliada. Atrasar ou pular o pagamento das contribuições pode te fazer perder o direito ao salário-maternidade, mesmo que você já tenha um histórico de pagamentos. O INSS é bem rigoroso com a contagem da carência, não tem jeitinho.
Manter esse histórico de pagamentos em ordem é o que transforma a pergunta "PJ tem direito a licença maternidade?" de uma dúvida em um direito garantido.
No Brasil, a proteção à maternidade é um assunto que está sempre evoluindo. A CLT garante a licença-padrão de 120 dias, que pode chegar a 180 dias em empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã. Essa mesma regra de 120 dias também se aplica para casos de adoção, mas o debate no Congresso busca ampliar esses prazos, mostrando uma tendência de maior proteção às famílias. Se quiser se aprofundar, vale a pena entender as mudanças na licença-maternidade no Brasil e como elas podem impactar os benefícios no futuro.
Como solicitar seu salário-maternidade passo a passo
Pronto, agora você já sabe como funciona a carência. O próximo passo é entender como transformar esse direito em dinheiro no bolso. Solicitar o salário-maternidade como PJ pode parecer um bicho de sete cabeças, mas, acredite, com a orientação certa, o caminho fica bem mais simples.
A boa notícia é que o INSS deu uma modernizada. Hoje, você resolve tudo sem precisar sair de casa, seja pelo portal Meu INSS ou pelo telefone 135. Ambos os canais funcionam bem, então a escolha é sua, dependendo do que for mais prático para você.

Não importa o caminho que você escolher, o segredo para não ter dor de cabeça é um só: organização. Deixar toda a papelada separada e em ordem antes de começar o pedido evita atrasos e aquelas idas e vindas para corrigir informações. Assim, seu benefício é analisado bem mais rápido.
O passo a passo da solicitação online
O portal Meu INSS é, de longe, a forma mais prática de pedir o benefício. Ali você concentra tudo, desde o envio dos documentos até o acompanhamento do processo em tempo real.
É bem simples, veja só:
- Acesse o portal Meu INSS: Entre com sua conta Gov.br. Se ainda não tiver, o cadastro é rapidinho e pode ser feito ali mesmo.
- Encontre o benefício: Na barra de busca, digite "salário-maternidade" e clique na opção que aparecer.
- Confira seus dados: O sistema vai pedir para você confirmar suas informações de contato. É super importante que seu e-mail e telefone estejam atualizados para você não perder nenhuma notificação.
- Preencha o formulário: Responda às perguntas online, informando a data do parto (ou do afastamento, se for o caso) e outros detalhes que o sistema pedir.
- Anexe os documentos: Agora é hora de enviar as cópias digitalizadas da sua papelada. Dê uma boa olhada para garantir que as imagens estão nítidas e legíveis.
Depois de enviar tudo, guarde o número de protocolo. É com ele que você vai conseguir consultar o andamento do seu pedido sempre que quiser.
A documentação que você precisa ter em mãos
A organização dos documentos é, talvez, a parte mais crítica de todo o processo. Um único papel faltando pode travar sua solicitação por semanas. A lista pode ter pequenas variações dependendo do seu caso (parto, adoção, guarda), mas a base é sempre a mesma.
Ter a documentação completa e correta não é apenas uma formalidade. É a prova que o INSS precisa para confirmar que você cumpre todos os requisitos, acelerando a liberação do seu benefício.
Para facilitar o processo de solicitação do salário-maternidade, preparamos um checklist com os documentos essenciais. Organizar essa papelada com antecedência é o segredo para evitar atrasos e garantir que seu pedido seja processado sem problemas.
Checklist de documentos essenciais para a solicitação
Organize seus documentos para garantir um processo de solicitação do salário-maternidade sem contratempos.
| Documento | Finalidade | Observação |
|---|---|---|
| Documento de identificação com foto e CPF | Provar sua identidade | Pode ser RG ou CNH. Verifique se está dentro da validade. |
| Certidão de nascimento da criança | Comprovar o nascimento | Essencial se o pedido for feito após o parto. |
| Atestado médico específico para gestante | Indicar a data provável do parto | Necessário apenas se a solicitação for feita antes do nascimento. |
| Termo de guarda ou certidão nova | Comprovar adoção ou guarda judicial | Aplicável apenas para casos de adoção. |
| Certidão de óbito do feto ou da criança | Comprovar situação de natimorto | Documento específico para essa situação delicada. |
Ter esses documentos já digitalizados em um formato claro, como PDF ou JPG, vai tornar o envio pelo portal Meu INSS muito mais ágil.
Prazos importantes para não perder o benefício
Saber quando pedir é tão importante quanto saber como. Para a profissional PJ, o tempo é um fator chave para garantir o direito, o que reforça a importância do planejamento para quem se pergunta se PJ tem direito a licença maternidade.
Fique de olho nestes marcos:
- Quando posso solicitar? Você pode dar entrada no pedido a partir de 28 dias antes da data prevista para o parto (com o atestado médico em mãos) ou, claro, a qualquer momento após o nascimento do bebê.
- Até quando posso solicitar? O prazo máximo para requerer o salário-maternidade é de 5 anos contados a partir do parto ou do evento que gerou o direito (como a adoção).
Apesar de o prazo ser longo, a dica de ouro é: solicite o benefício assim que puder. O INSS tem seu próprio tempo para analisar e aprovar os pedidos. Começar o processo com antecedência garante que você terá o suporte financeiro justamente quando mais precisar. Uma checagem prévia no seu cadastro e nas suas contribuições também é uma boa ideia para evitar surpresas.
O risco da 'pejotização' e a busca por direitos
Muitas profissionais são contratadas como PJ, mas, na prática, a rotina é idêntica à de uma funcionária CLT. Horário fixo para cumprir, um chefe direto a quem responder, metas a bater e pouca ou nenhuma autonomia. Se essa descrição soa familiar, você pode estar vivendo o que o direito do trabalho chama de 'pejotização'.
Esse fenômeno acontece quando uma empresa contrata uma pessoa como Pessoa Jurídica para mascarar o que, na verdade, é um vínculo de emprego. A intenção é clara: cortar custos com encargos como FGTS, férias e 13º salário, jogando toda a responsabilidade fiscal para cima da profissional.

Embora o contrato PJ prometa flexibilidade, quando essa autonomia não existe no dia a dia, a profissional fica numa posição totalmente vulnerável. Ela assume todos os deveres de uma funcionária, mas sem acesso a nenhum dos direitos.
Identificando os sinais de um vínculo de emprego
A legislação trabalhista é muito clara sobre o que define uma relação de emprego, e isso vale mais do que qualquer papel assinado. Existem elementos-chave que, se estiverem presentes na sua rotina, podem escancarar que sua relação de trabalho é uma CLT disfarçada.
Pare e avalie seu dia a dia. Você se identifica com estes pontos?
- Subordinação: Você precisa seguir ordens diretas de um superior? Sua agenda, horários e a forma de trabalhar são controlados pela empresa? Se você não tem liberdade para decidir como e quando fazer suas tarefas, este é o principal sinal de subordinação.
- Pessoalidade: O serviço tem que ser feito exclusivamente por você? Se não dá para mandar outra pessoa no seu lugar, isso indica pessoalidade, uma característica marcante do vínculo CLT.
- Onerosidade: Você recebe um valor fixo e regular pelo seu trabalho, como um salário todo mês? Contratos PJ de verdade geralmente envolvem pagamento por projeto ou entrega, não uma quantia fixa, chova ou faça sol.
- Habitualidade (ou não eventualidade): Seu trabalho é contínuo, parte da rotina da empresa, e não algo esporádico ou para um projeto com início, meio e fim? Prestar serviços dia após dia, sem interrupção, caracteriza a habitualidade.
Se você respondeu "sim" a essas perguntas, existe uma chance enorme de o seu contrato PJ ser só uma fachada para esconder uma relação de emprego real.
A maternidade como o ponto de virada
A chegada de um filho é um momento que joga uma luz forte sobre a fragilidade da 'pejotização'. A profissional que sempre cumpriu ordens como uma funcionária de repente descobre que não terá estabilidade, férias remuneradas ou a licença-maternidade bancada pela empresa. A dúvida sobre se PJ tem direito a licença maternidade se torna uma preocupação real e imediata.
É nessa hora que a ficha cai. Muitas mulheres percebem a enorme desvantagem desse arranjo e decidem correr atrás do reconhecimento dos seus direitos. A maternidade acaba funcionando como um catalisador para questionar a validade daquele contrato de "prestação de serviços".
Levar o caso para a Justiça do Trabalho e reconhecer o vínculo empregatício pode garantir não apenas a licença-maternidade paga pela empresa e a estabilidade, mas também todos os outros direitos que foram negados: FGTS, férias, 13º salário e tudo mais, de forma retroativa.
Portanto, se a sua realidade de trabalho se parece muito mais com a de uma funcionária do que com a de uma autônoma, a gravidez pode ser o momento perfeito para reavaliar sua situação contratual e buscar a proteção da lei que, de fato, é sua por direito.
Perguntas frequentes sobre licença maternidade para PJ
Reunimos as dúvidas mais comuns para que você entenda todos os seus direitos e se sinta mais segura para planejar este momento tão especial.
Como o valor do meu salário-maternidade será calculado?
Para a profissional PJ, o INSS calcula o valor do benefício fazendo uma média. Funciona assim: o órgão soma os seus últimos 12 salários de contribuição e divide por 12. O resultado será o valor mensal que você receberá durante os 120 dias de licença. Por isso, manter a consistência nas contribuições, principalmente no ano anterior à gestação, é fundamental.
Posso continuar trabalhando como PJ e receber o salário-maternidade?
Não, de jeito nenhum. O salário-maternidade é um benefício substitutivo de renda, ou seja, serve para que você possa se afastar do trabalho. Se o INSS identificar que você continuou prestando serviços e emitindo notas fiscais, o pagamento será suspenso e você poderá ser obrigada a devolver os valores recebidos.
O que acontece se meu bebê nascer prematuro?
Você continua com o direito aos 120 dias de salário-maternidade. Uma mudança importante na lei estabeleceu que, se o bebê precisar de internação hospitalar, o prazo da licença só começa a contar a partir da data da alta. Isso garante que você não perca tempo do benefício enquanto seu filho está no hospital.
A profissional PJ tem direito à estabilidade no contrato?
Não. Diferente da profissional CLT, que tem estabilidade no emprego desde a gravidez até cinco meses após o parto, a profissional PJ não tem essa mesma garantia legal. O contrato de prestação de serviços pode ser encerrado a qualquer momento, desde que as regras de rescisão previstas em contrato sejam seguidas. Esta é uma das maiores vulnerabilidades do modelo PJ.
E se eu tiver mais de um contrato como PJ?
Seu direito ao salário-maternidade está ligado à sua contribuição ao INSS, não aos seus contratos. O benefício é um só, calculado com base na sua contribuição total. Para recebê-lo, você precisará se afastar de todas as suas atividades profissionais remuneradas.
Existe licença-maternidade para mães de crianças com deficiência?
Sim, e a legislação tem avançado para dar mais suporte. Em casos de crianças com deficiência, a licença-maternidade pode ser estendida para 180 dias, com o salário-maternidade garantido por todo o período, conforme licenças ampliadas e seus impactos.
Conclusão
A profissional PJ tem, sim, direito à proteção da maternidade, mas por um caminho diferente: o salário-maternidade via INSS. O segredo para garantir esse direito é o planejamento e a regularidade das contribuições.
Lembre-se dos pontos-chave:
- Carência de 10 meses: É o requisito mínimo para ter direito ao benefício.
- Responsabilidade individual: A segurança financeira depende do seu histórico com o INSS, não do seu contratante.
- Pejotização: Fique atenta aos sinais de vínculo empregatício. Se sua rotina é de CLT, você pode ter mais direitos do que imagina, incluindo a estabilidade.
A jornada para garantir seus direitos pode parecer complexa, mas com informação correta e o suporte certo, você passa por essa fase com a tranquilidade que merece. Se ainda restaram dúvidas ou se você precisa de uma orientação específica para o seu caso, a equipe do Pedro Miguel Law está à disposição.
Entre em contato conosco e vamos juntos proteger os seus direitos.
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